Uma pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp mostrou que exercícios fisioterápicos atenuaram a recorrência de incontinência urinária nas crianças.
“Quando a incontinência urinária não é tratada a tempo e de maneira adequada, existe a perspectiva de a disfunção avançar para a fase da adolescência. A ajuda médica é, muitas vezes, o último recurso”, observa Renata Martins Campos, pesquisadora responsável pelo estudo.
Alternativa ao tratamento medicamentoso
O uso de medicamentos era, até agora, a única alternativa para a correção da disfunção. A questão, no entanto, é que o tratamento nem sempre é eficaz e, dependendo do caso, a ingestão das drogas pode durar vários meses.
Na pesquisa, Renata dividiu as crianças em dois grupos: um deles foi tratado com medicação associada à terapia comportamental (que propõe uma mudança ou reeducação de alguns hábitos comportamentais, como horário de ingestão de líquidos, dentre outros). O outro grupo foi tratado apenas com a terapia comportamental e um protocolo de cinco exercícios fisioterápicos.
O primeiro grupo, tratado com medicação, apresentou 16 noites secas (sem a ocorrência de urina) no final do estudo, contra 24 noites secas entre o grupo que havia feito os exercícios, ou seja, uma eficiência 30% maior e sem custos com remédios.
A pesquisadora agora deve ampliar a pesquisa para entender melhor os mecanismos do tratamento. Ela acredita que a resposta poderá contribuir para alternativas eficientes e econômicas no combate ao incômodo que traz angústia a tantas crianças e suas famílias.
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