domingo, 27 de junho de 2010

OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO INVERNO


Além de prevenir novas infecções em pacientes com doença pulmonar, as técnicas oferecem melhora dos sintomas e mais qualidade de vida.

A fisioterapia respiratória pode acelerar o processo de recuperação do paciente com doença pulmonar, assim como melhorar a qualidade de vida e amenizar as complicações relacionadas. As técnicas fisioterapêuticas feitas em ambiente domiciliar também desempenham importante papel na prevenção de novas infecções, que acometem com freqüências estes pacientes.

Os exercícios voltados para o fortalecimento muscular, realizados com o acompanhamento do fisioterapeuta, ajudam a prevenir problemas circulatórios como trombose venosa e tromboembolismo pulmonar, que costumam acometer os indivíduos acamados por tempo prolongado.

De acordo com a coordenadora da fisioterapia do Ganep Lar, Dra. Valdeles Mônica de Oliveira Bravo, a cinesioterapia é uma modalidade eficaz nesses casos, pois é desenvolvida individualmente e de acordo com a patologia, necessidade e objetivo de cada paciente, resultando em fortalecimento muscular, aumento da flexibilidade, do equilíbrio e melhora da qualidade de vida.

Dra. Valdeles revela que todo paciente acamado, pela própria condição, apresenta uma gama de alterações no organismo que caracteriza a “Síndrome do Imobilismo”. Não são complicações somente circulatórias, mas cardiológicas, pulmonares, cutâneas e metabólicas, que devem ser prevenidas sob orientação de um profissional especializado.

“Por meio de exercícios voltados para melhorar a função arteriovenosa e linfática, a fisioterapia pode prevenir afecções do tecido cutâneo, como escaras, e até reduzir retenção de líquidos, que consistem nos edemas de extremidades”.

Segundo a fisioterapeuta, os músculos têm grande participação no ciclo respiratório, logo sua preservação é de suma importância, ou o paciente necessitará de aparelhos para desempenhar a função ventilatória.

“Além de ter um pulmão que não suporta boa ventilação, se a pessoa não apresentar massa muscular suficiente para manter o ciclo respiratório necessitará de aparelhos para desempenhar tal função”.

Nestes casos, a ventilação mecânica ameniza e supre as complicações respiratória e motora ventilatórias. Empregada por meio de dispositivos específicos, tem reduzido os casos de mortalidade precoce por Distrofia Muscular de Duchene (DMD) e Esclerose Lateral Amiotófica (ELA), doenças genética caracterizadas pelo comprometimento progressivo da função muscular.

Dra. Valdeles afirma que a técnica também é indicada para pacientes que sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e têm suas funções pulmonares reduzidas gradativamente. “Neste caso devemos aplicá-la concomitante a orientação postural, que reduz significativamente o gasto energético e é fundamental para os que sofrem de má oxigenação”, orienta.

Esses exercícios são importantes porque promovem o fortalecimento muscular, garantindo massa muscular e porte energético ao paciente, de maneira a melhorar seu padrão ventilatório.

Para a prática dessas atividades físicas, o ambiente domiciliar é uma ótima opção. Ao receber atendimento próximo de familiares e amigos, a vítima de DPOC ou de outros distúrbios respiratórios, com suas limitações, tende a ficar mais motivada e responde melhor ao tratamento ministrado pela equipe multidisciplinar. Esta, por sua vez, dispõe do espaço favorável para aplicar as técnicas e fazer exercícios visando a melhora da qualidade de vida do enfermo.



Fonte

Valdeles Mônica de Oliveira Bravo – Fisioterapêuta, coordenadora da fisioterapia do Ganep

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